Indicação de Leitura: Leia Moda.

Indicação de Leitura: "Para as gordinha, colírio Light", no portal LeiaModa.

"Chegou a hora da libertação, os tempos são outros e as pessoas exigem mudanças, para tornar seus diferenciais suas maiores qualidades" Rodolpho Sales.

Começa assim a publicação feita por Rodolpho Sales da revista Leia Moda. Cito-o aqui por concordar pessoalmente com cada trecho dessa frase e por este ser o clima/ideal que tento pregar aqui no blog que é o de tornar as diferenças algo positivo e atraente de forma consciente e prazerosa, sem precisarmos ficar presos a esteriótipos e padrões de beleza. Podemos usar o conhecimento a nosso favor e bem estar.

Ele ainda dá uma dica no estilo nas nossas Dicas de Quinta levadas para o guarda-roupa e para a vida: 

"Experimente olhar o mundo de cabeça para baixo. Dessa forma você vai notar outras belezas que não notou antes. Ousar é perceber, muitas vezes, as belezas de outro ângulo".

 

Qual o seu ângulo?

Quem se interssar, texto na íntegra aqui. Vale o clique! ;)

Homens de Segunda: Todos os homens são iguais?

Homens são todos iguais? Não. Temos pelo menos os Clássicos e os Modernos. (e os que transitam entre os dois e os que não querem ser nenhum dos dois - hehehe)

Vamos conhecê-los melhor?

Clássicos

Os clássicos prezam pelo estilo de vida clássico (ooOOh...) principalmente pela tradição, buscam uma moda eterna e o tal do "bom gosto". Para não errar preferem não ousar. Alguns são tão clássicos "porque é assim que deve ser" que se esquecem de imprimir um tom pessoal no que vestem (e no que vivem até).

Modernos

Os modernos inspiram-se nas modas de rua, criam suas próprias tendências e brincam com as influências que podem ser do passado ou atual. O que falta no clássico de estilo pessoal os modernos tem de sobra! Suas roupas são múltiplas e variadas. Porém, alguns levam isso tão a sério que acabam parecendo caricaturas.

Transitam pelos dois estilos aproveitando elementos de ambos

Essas "definições" são apenas guias da idéia de cada estilo, não nos prenderemos a elas  para que não seja limitador demais e não forçar uma adequação à determinada definição. 

Afinal, podemos transitar um pouco por cada estilo e usar de cada um o mais tiver relação com a vida levada. Por isso, temos os homens que se intitulam de "casuais", alternativos, fashionistas, ou nada disso. A idéia aqui é que até os mais básicos vistam-se com algum diferencial que expresse suas idéias e personalidade.

Cada "homem de segunda" sendo conhecedor de si e reconhecendo seus gostos, adequará as dicas que poderão aparecer por aqui como achar mais interessante de acordo com sua realidade! (seja financeira,   ideológica, estilo, rotina,...).

O que vocês acham dessas definições de estilo? Concordam? Encaixam-se em alguma?

Em algumas segundas teremos posts voltados para a moda masculina por aqui! :)

Dica de Quinta: Tecidos

Semana passada reservamos um tempo para descobrir quais partes queremos valorizar e quais queremos disfarçar em nosso corpo. Agora que já temos consciência disso, chegou o momento de  por a mão na massa, digo, na roupa e pensar um pouco sobre os tecidos que escolhemos para vestir! Vamos lá...

Tecidos mais molinhos que tenham bom caimento tendem a "emagrecer". Ou seja, quem quer disfarçar a barriguinha, quadril largo, seio farto, etc... Deve optar por tecidos como jérsei, microfibras, chamois, lãs finas que contribuirão para o efeito visual afinador. 

  Georgette                  Gabardine                      Seda                      Jérsei      

Lembrar de dar preferência aos tecidos mais opacos, pois os tecidos brilhosos, como o cetim, deixam o corpo com mais volume.

Para disfarçar o volume deve-se fugir (isso mesmo correr!!) evitar tecidos mais durinhos que armam ou que sejam fofos e peludos, como tafetá, tweeds, veludo, shantung, pois todos eles deixam o corpo ainda mais volumoso.

 Cetim                   Veludo                    Tafetá                         Tweed     

Agora, se o objetivo não é afinar e sim, ressaltar, aumentar, chamar atenção para determinada parte do corpo é só fazer o contrário! hehehe Aproveitar os tecidos que armam ou que possuem uma certa estrutura para criar a ilusão de volume. Ousar um pouco mais nos tecidos brilhosos que ressaltarão as formas e darão amplitude à região.

Se durante a escolha houver dúvida sobre o nome do tecido basta dar uma olhadinha na etiqueta que tem explicando, certo?

Para saber mais sobre tecidos e caimentos a Helô Gomes do Sanduíche de Algodão fez uma ótima tabela, confira aqui.

Semana que vem a Dica de Quinta será sobre Cores!

Sugestões para futuros temas das Dicas de Quinta é só deixar nos comentários ou mandar e-mail, bem como outras dúvidas e consultoria, ok?! ;)

Guarda roupa limitado? Ou criatividade limitada?

A moda nem sempre foi como entendemos hoje. No passado era mais um meio de distinção social, por meio das proibições de uso de determinados modelos e tecidos que só eram permitidos em certas classes ficavam claras as diferenças.

Na idade média haviam proibições oficiais feitas pelos nobres para regularem diferenciarem-se da burguesia.

Espertamente a burguesia sempre imitava inspirava-se nas vestimentas dos nobres e buscava materiais alternativos. Por exemplo, se o proibido era usar rendas, eles utilizavam bicos para acabamento e ganhar efeito.

Rendas                                           Bicos de Crochê       

Porém, quando a nobreza notava e interessava-se por tal material passava a proibi-lo, fazendo com que a burguesia se "limitasse".

Acontece que eles não se conformavam ou paravam por aí. Pelo contrário, sempre achavam uma saída envolvendo a criatividade e os materiais que tinham ao alcance!

Pensando sobre isso, me questionei se seria então a limitação uma abertura para a criatividade. Na extinção de materiais diversos precisamos multiplicar e satisfazer nossas necessidades com o que temos, mesmo que de forma restrita, não é mesmo?

Por que não levar essa idéia para o nosso guarda roupa "limitado"  e com isso acharmos novas saídas, novas combinações?

Dica de Quinta

Existem jogos de proporções com base em análises de tipo físico e estilo que adequam a moda para nossa realidade fazendo com que nos sintamos bem e confortáveis. (Incríveis e fabulosas até!).

Cada pessoa possui traços especiais e únicos que nos diferencia, reforça nossa identidade e personalidade. Por isso, devemos perceber como somos para então realçar da melhor forma possível o que nos agrada, disfarçar o que nos incomoda e brincar por meio da roupa, cabelo e maquiagem!

 Lá vai a Dica: Primeiro exercício é "olhe-se no espelho"!!!

Tire um tempo sozinha(o) para admirar-se, perceber os detalhes e formas que se tem, analisar o que agrada (aquele sorriso,olhos) e o que não (nariz tortinho ou grande), já que será a partir daí que entederemos melhor como somos e saberemos o que disfarçar (os quilinhos a mais, ou as pernas mais curtas do que queria) e o que realçar para nos sentirmos belas(os).

As palavras agora para pensar são: realçar, adaptar,  melhorar e sentir-se confiante.

A dica de hoje pode (e deve) ser levada para tudo vida! Que tal pensar nisso?

Reflita: O que te agrada? O que esconderia? O que faz questão de realçar?

Nas quintas feiras espero poder dar dicas de proporções, adaptações e combinações no vestir.

Colóquio de Moda 2010

 O Colóquio de moda é o maior congresso científico de moda realizado no Brasil, sendo um ótimo meio para estudantes e pesquisadores trocarem de conhecimentos através de  palestras, mesas redondas, GT's, apresentação de pôster! (olha eu aqui!). Acredito que o encontro em si já promove essa troca!

Este ano, o Colóquio acontecerá entre os dias 12 e 15 de setembro em São Paulo, sob a organização do Centro de Pesquisa em Design e Moda da Universidade Anhembi Morumbi. No dia 16 acontecerá V Fórum das Escolas de Moda, que o objetivo é debater  os temas de interesse da Academia.

As inscrições para ouvintes estarão abertas até o dia 31 de agosto, ainda dá tempo de fazer a sua! Mais informações sobre o VI Colóquio de Moda aqui.

Estarei por lá com minhas amigas Allana e Hayane para apresentarmos 02 pôsters (é só o que permitem para estudantes!).

O primeiro é o "Meninas de classe “A”: O estudo de um grupo como ferramenta para concepção de produtos da moda", que desenvolvemos uma metodologia de pesquisa sobre grupos sociais para conhecimento do público-alvo por parte do designer de moda. 

O outro "A mudança da silhueta feminina motivada pelo desejo de sedução", neste refletimos sobre as percepções estéticas sobre o corpo feminino movida pelos jogos de sedução.

Repercussão no site da FBV aqui. Recmoda aqui. (desconto pelas caras lesas e cansadas depois de aulas e apresentação de trabalho - hehe)

Nos desejem sorte! (hehe)

Por que nos vestimos?

Adão e Eva, de LucasCranach ,  Adorno Egípcio,  Twiggy                 

Antes de a moda ter o caráter de linguagem, termômetro social, afirmação pessoal, etc, que se tem hoje, pensava-se em vestir apenas como forma de proteção (contra chuva, frio, insetos, ...), adorno ( imitar a natureza,  se igualar e diferenciar dos demais grupos) e também por pudor (vergonha do corpo nu).

Sobre a origem das razões do "cobrir-se" existem dois caminhos, a antropologia teológica e a antropologia cultural.

Na Antropologia Teológica o homem e a mulher (oi Adão e Eva!) deram início ao pecado, com isso surgir a necessidade de cobrir-se para esconder a nudez. Percebemos aqui mais pudor que proteção física!

Já na Antropologia Cultural, a necessidade de enfeitar-se e proteger-se fizeram com que as pessoas criassem as vestimentas.

Hoje, ao cobrirmos o corpo não estamos apenas nos protegendo do frio, nos adornando e escondendo a nudez, estamos principalmente comunicando quem somos, transmitindo mensagens através das escolhas que fazemos ao vestir, assim como para onde ir, o que comer. Com isso, inventamos maneiras de expressar, buscamos pertecer a um grupo, mas também buscamos nos diferenciar, mostrarmos nossa identidade, nosso estilo.

Há algo em nos sentirmos confiantes, belos, aceitos e únicos.

E você, por que se veste?

Moda?!?

Já parou para perguntar-se o que é moda?

   Filme "O Diabo Veste Prada"        Desfile Chanel       Sapatos Louboutin

Seria apenas aquela roupa "tem-que-ter" ou os desfiles nas passarelas do mundo, ou ainda, aquele sapato incrível com solado vermelho? Não. Acredito que tudo isso faz parte da moda, mas não é sua essência. Para mim, moda, envolve também, escolhas e comportamento formando o estilo e a identidade visual de cada um.

A palavra "moda" tem origem no latim, modus, que significa “maneira”, “modo individual de fazer” e factio “fazendo” ou “fabricando” Daí, originaram as palavras francesas mode “moda” e  façon “modo”, que são as referências para fashion e moda como conhecemos hoje. Então, moda seria a maneira pessoal de fazer, de criar, de usar...

Percebo com isso que a moda é uma relevante área de produção, expressão e linguagem em que não se limita apenas ao tempo, tendências e hierarquia social. Mas também, transmite informações socioculturais e cada vez mais o fortalecimento das expressões pessoais, já que ilustramos nossas escolhas ao escolher determinada forma de vestir, mesmo que intuitivamente.

É claro que por traz do que há nas araras das lojas existe a "indústria da moda", com a criação de  peças e tendências, como chegará às lojas e como será explorada pela publicidade e pela imprensa da área. Essa indústria pode guiar escolhas, limitar ou até ser libertadora, depende de como a vemos e escolhemos lidar (ou não) com ela.

Gosto de pensar que somos também responsáveis e ativos na moda em cada escolha que fazemos e a razão pela qual fazemos, já que é a "maneira individual de fazer"! Podemos torná-las um pouco mais conscientes e quem sabe assim ainda mais prazerosas e transmitindo uma mensagem mais efetiva sobre quem somos e como lidamos com a vida e a moda!

 
E para você, o que é moda?!

Vídeo do Zine Cultural sobre O que é moda? aqui.